Recentemente eu assisti a essa palestra do TED:

O que me fez pensar sobre a bandeira de Contagem e Belo Horizonte, as cidades que vivo e trabalho respectivamente.

O vídeo destaca os seguintes princípios de design para bandeiras:

1. Conserve simples
2. Use simbolismo significativo.
3. Use de 2 a 3 cores básicas.
4. Sem letras ou selos.
5. E seja distinto.

A Bandeira atual de Contagem atualmente é essa:

Ela contém, de acordo com a wikipedia os seguintes simbolismos:

• Campo azul – lembra a tradição portuguesa, as nossas mais remotas origens, o brasão de Vasco Fernandes Coutinho, a cuja capitania pertenceu Contagem, como posto fiscal do “imposto de contagens”, criado por D. João V.
• Formato do contorno do Brasão – justifica-se pela proximidade do paralelo 20; porque todas as cidades, países e estados que estão próximos a este paralelo usam este formato. O paralelo 20 passa no Barreiro, município de Belo Horizonte.
• Cruzados de Ouro – os três cruzados de ouro representam a origem portuguesa.
• Chaminé – representa a riqueza industrial e caracteriza a indústria.
• Jabuticabeira – representa a nossa riqueza agrícola e pastoril, os frutos do solo e também o maior atrativo turístico de Contagem.
• Em chefe – é a faixa púrpura (roxo) com sete estrelas. A cor das estrelas representam o privilégio da celebração do Jubileu das Dores, em Contagem por concessão especial do papa Pio VII a uma das duas cidades autorizadas no Brasil.
• Sete estrelas em campo roxo – representam as sete dores de Nossa Senhora, que sob o título de Nossa Senhora das Dores, é a padroeira da cidade.
• Mote – Listel de Ouro – com a inscrição: Per Populum Omnis Potestas a Deo (em latim), cuja tradução é: Todo Poder vem de Deus pelo Povo.

A minha sugestão para a bandeira de Contagem seria algo assim:

Mantive os Cruzados de Ouro – os três cruzados de ouro que representam a origem portuguesa, a faixa púrpura (roxo) representando o privilégio da celebração do Jubileu das Dores e tudo aquilo e, finalmente a Jabuticabeira fica representada pela faixa preta.

A Bandeira atual de Belo Horizonte atualmente é essa:

Ela contém, de acordo com a wikipedia os seguintes simbolismos:

• Uma coroa mural de ouro de cinco torres, privativa de município capital de Estado.
• Escudo redondo português, lembrando a origem da nacionalidade brasileira;
• Em fundo azul, um sol nascente de ouro surgindo do lado esquerdo da Serra do Curral Del Rei, em verde;
• Em chefe de ouro, um triângulo equilátero, em vermelho, símbolo do anseio de liberdade dos inconfidentes mineiros de 1789;
• No filete vermelho, em letras de prata, as legendas: à direita, 17-12-1893 e, à esquerda, 12-12-1897. Datas, respectivas, da criação e instalação da nova capital do Estado de Minas Gerais;

A minha sugestão para a bandeira de BH seria algo assim:

A idéia principal é juntar o sol nascente de ouro com a coroa mural de ouro de cinco torres, mantendo o verde da Serra do Curral Del Rei. O verde e amarelo também lembram a origem da nacionalidade brasileira.

Acabei pesquisando também as bandeiras de Betim e Ibirité…

A Bandeira atual de Betim atualmente é essa:

Suas cores simbolizam peculiaridades do município:

• o verde retratando a natureza fértil;
• o branco expressando o gênio pacífico dos betinenses;
• o azul refletindo a limpidez do horizonte.

Ao centro, fica ao Brasão do Município.

Minha sugestão seria apenas remover o brasão…

A Bandeira atual de Ibirité atualmente é essa:

Ela contém, de acordo com a os seguintes simbolismos:

Os ramos de hortaliças simbolizam a atividade básica e geral do município a horticultura. Os martelos de mineradores falam da abundância de minérios na serra que corta o território do município.

A cascata da direita de quem olha, diz da abundância de águas puras que nascem na serra que flanqueia o município e que durante mais de quatro décadas, de 1929 a 1974, são as principais fontes abastecedoras da capital mineira (mananciais de Taboões, Capão do Bálsamo, Rola Moça).

Os dois coqueiros simbolizam a Fazenda do Rosário, criada por D. Helena Antipoff notável educadora,com o conjunto educacional, conhecido internacionalmente, sediada no município, em que se distinguem a Associação Pestalozzi, para excepcionais, a FEER com ensino de técnicas agrícolas, a Associação Milton Campos, para bem – dotados, Escola Sandoval Soares de Azevedo, com ensino de 1° e 2° graus.

A letra M, com seus raios, lembra o nome de Maria Santíssima, padroeira da cidade há mais de 100 anos, a qual o povo apelidou de Nossa Senhora das Graças, como é conhecida por ter vindo da Fazenda das Graças, que existia na Região de Rio Acima, imagem trazida pela primeira proprietária das terras de Ibirité – D. Eulália do Nascimento. Os raios representam as graças a jorrarem de Maria sobre a nossa Terra.

A coroa de cinco pontas é o símbolo da categoria da cidade. A faixa inferior, além do nome do município tem duas datas:
1980 – elevação do povoado de Vargem da Pantana à categoria de Vila
1962 – data de sua elevação a município.

Minha sugestão nesse caso é um pouco mais radical:

Apenas um ramo para simbolizar todos os aspectos relacionados à natureza. As cores vermelho e branco fazem menção às atividades mineradora. A folha na ponta do ramo representaria as duas principais figuras relacionadas à formação da cidade, D. Helena Antipoff e D. Eulália do Nascimento. À propósito, toda dualidade de cores da bandeira se relaciona com os marcos duplos encontrados na simbologia do brasão. Dois marcos históricos, dois coqueiros, duas atividades principais, duas figuras importantes, dois locais importantes…

Aproveitei e fiz sugestões de bandeiras para outras cidades. Sempre seguindo a mesma metodologia.

Sete Lagoas:

Lagoa Santa:

Formiga:

Quando criar mais bandeiras eu atualizo novamente esse post.